segunda-feira, agosto 01, 2011

A TUA AUSÊNCIA CAXUXINHA

Tens que entender a dor que me causa a tua ausência


dantes não existias na presença de mim

mas já crescias no ventre do meu imaginário



Eras de um desejo de outrora, um sonho impossível

no meu coração de menino

uma chama a acender neste frémito de ser homem



Não me digas que te perturbo

não me arrases com a crucificação da tua serenidade

logo eu, que daria todas as vidas por um segundo da tua paz



não sabes o que voa dentro do meu peito

e sente não ter vento para te alcançar

neste intenso que me despertas nesta alvorada da vida



Não sabes e talvez nunca te assole ao saber

o choro alegre do meu corpo em espasmos

no sentir éfemero da tua voz, no deslizar dos teus olhos



São noites de insónias esperando o teu sonho

em paragens que nos invento, apartados do mundo

na coragem do nosso amor



Mas fico assim acordado, desperto de ilusões

na quietude do meu regaço que anseia pelo teu

e não sabe quando virá...não sabe quando virá...



Não peço nada, não peço ouro ou diademas de glória

já não peço a altivez nem o reconhecimento dos homens

peço apenas as tuas mãos aqui...nas minhas , para sempre



Amo-te, é única certeza que tenho

mesmo mais do que a certeza de que realmente...

existas e um dia virás.



Paulo, 1 de Agosto de 2011, 20h46