terça-feira, agosto 28, 2007

Eu....



Já fiz cócegas a um amigo, só para que deixasse de chorar.Já me queimei a brincar com uma vela.Já fiz balões com pastilhas que me colaram a cara toda.Já falei, e ainda falo com o espelho pela manhã.Já quis ser astronauta,piloto, bombeiro, pianista, trapezista ,voluntário em áfrica e ainda sonho um dia marcar um golo como o Figo com o estádio todo a aplaudir-me ( noutra vida, talvez ).Já me escondi atrás de um cortinado e deixei os pés de fora.Já roubei um beijo,confundi os sentimentos,amei a pessoa errada, tomei o caminho errado e ainda continuo seguindo o caminho do desconhecido.Já raspei com o dedo a massa crua dos bolos e comi ás escondidas. Já chorei no cinema e ainda choro.Já parei o carro à beira da estrada para ouvir uma música de olhos fechados que me lembra de alguêm.Já tentei esquecer determinadas pessoas e descobri que são as mais difíceis de esquecer.Já magoei...Já fui magoado.Já subi ao telhado do meu prédio numa noite de verão para estar mais perto das estrelas.Já pulei um muro para roubar uma flor e já subi uma árvore para roubar um fruto.Já cai de uma escada (e que queda !!).Já escrevi no banco da paragem do autocarro, fiz juramentos eternos e chorei sózinho na casa de banho de um café por algo que me fizeram.Já fugi de casa para sempre e voltei no dia seguinte.Já corri e larguei tudo o que estava a fazer para não deixar alhguém a chorar.Já me senti sózinho no meio de milhares de pessoas sentindo a falta de uma única só.Já ultrapassei por cima do traço contínuo para chegar a tempo de ver o pôr do Sol.Já mergulhei na piscina a meio da noite.Já bebi alcool como se ele fosse acabar todo nesse dia.Já olhei a cidade de todos os angulos e em nenhum deles consegui encontrar o meu lugar.Já acordei a meio da noite e fui dormir para o sofá com medo dos fantasmas do quarto.Já tremi de nervos.Já quase morri de amor e renasci para ver o sorriso de alguêm especial.Já senti várias vezes a dor de perder alguém insubstituível para depois descobrir que estará sempre comigo.Já discuti com Deus e ninguêm teve razão.Já me apaixonei e jurei que era para sempre, para descobrir que o mais longe que o sempre tem é o dia seguinte.Já subi as escadas da Praia Grande a correr e jurei não ficar cansado, enquanto por dentro morria de ataque cardiaco.Já sonhei e jurei que apesar do grisalho dos cabelos seria sempre menino.Já chorei por ver amigos partir e depois descobri chegaram outros novos e a vida é um ir e vir permanente.Já foram tantos jás que jamais sairia daqui se os contasse todos.

Foram tantas as coisas que fiz, tantos os momentos fotografados pela lente da emoção e guardados nesse bau chamado memória....

p.g

sexta-feira, agosto 24, 2007

terça-feira, agosto 21, 2007

Para a Gaija ( Alex )

Um dia tu aprendes...
...não importa em quantos pedaços
o teu coração foi partido, o mundo
nunca para para que tu o concertes...
Aprende que o tempo, não é algo que possa voltar atrás...

Portanto, planta o teu jardim, decora a tua alma
ao invés de esperares que alguém te traga flores
( bom, de vez em qundo um palerma oferece...ainda existem palermas ??..sim existem)
E tu aprendes que realmente podes suportar,
que realmente és forte,
e que podes pensar que podes ir muito mais longe
depois de pensares que não podias...
E que realmente a vida tem valor, mais mais do que isso
tu tens valor adiante da vida...
As nossas vidas são traiçoeiras
e fazem-nos perder o bem que poderiamos conquistar
se não fosse o medo de tentar...

William Shakespeare ( adapatado por p.g )

Saiu-me em Inglês...o Pessoa por vezes também lhe acontecia ???!!! ....QUE RAIO DE PRETENSÃO A MINHA....

Out of the night that covers me,
black has the pit, from pole to pole,
i tnhanks wathever gods may be
for my inquoreable soul

In the fell clucth of the circunstance
i have not winced or cried aloud
under the bludegeonig of chance
my head is blody, but unbowed

beyond this placeo of wrath and teras
looms but the horror of shade
and yet te menance of teh yeras
finds, and sall fin me, unafraid

it matters how straits the gait,
how charged with punishments the scroll
i am the master of my faith
i am te captain of my soul


Wiliam Hernest Henley ( simpelsmente isso.simplesmente )

sexta-feira, agosto 10, 2007

Resposta ao senhor Dr em opiniões, que resolveu dizer mal do que não conhecia...tipico na espécie " tuga " ....



Baden Powell ( Fundador do Escutismo -1857/1941 ) )

Obrigado Mestre

Caros Escoteiros
" Se já vistes a peça do Peter Pan, haveis de recordar-vos de como o chefe pirata estava sempre a fazer o seu discurso de despedida, porque receava que, quando lhe chegasse a hora de morrer, talvez não tivesse tempo de o fazer. Acontece-me uma coisa muito parecida e por isso, embora não esteja precisamente a morrer, morrerei qualquer dia e quero deixar-vos uma palavra de despedida.
Lembrai-vos que é aúltima palavra que vos dirijo, por isso meditai-a.
Passei uma vida felicissima e desejo que cada um de vós seja igualmente feliz.

Creio que Deus nos colocou neste mundo encantador para sermos felizes e apreciarmos a vida. A felicidade não vem da riqueza nem simplesmente do êxito de uma carreira nem dos prazeres mundanos.Um passo para a felicidade é serdes saudáveis e fortes enquanto fordes rapazes para poderdes ser úteis e gozar a vida enquanto fordes homens.

O estudo da natureza mostrar-vos-á as coisas belas e maravilhosas com que Deus encheu o mundo para vosso deleite. Contentai-vos com o que tendes e tirai dele o maior proveito que puderdes. Vede sempre o lado melhor das coisas e não o pior.

Mas o melhor meio para alcançar a feliciade é contribuir para a felicidade dos outros.PROCURAI DEIXAR O MUNDO UM POUCO MELHOR DO QUE O ENCONTRASTES, e quando chegar a vossa vez de vos despedires, não desperdiçastes o vosso tempo e fizeste todo o possível por praticar o bem.

Estai preparados desta maneira para viver e morrer felizes, apegai-vos sempre à vossa promessa escotista mesmos depois de já não serem jovens, pois uma vez escoteiro, sempre escoteiro rapazes, e Deus vos ajude a cumpri-la.

O vosso amigo Robert Srephenson Smith Baden Powell

Morreu Bruno Tolentino ( 1940 - 2007 )




" O mundo fica mais triste quando morrem os poetas ", alguêm disse um dia. Nunca o conheci pesoalmente, mas entrou-me cativo no espaço do sentir quando ao ler um dia as suas palavras do tamanho do mundo me ficarem quietas e definitivas como aquelas que quereria impressas na minha lápide quando chegar o barco que me leve. Por isso aqui ficam as palavras e a minha homenagem ao homem que escreveu as frases que quero para mim depois deste mundo :

À TERRA PROVISÓRIA

Adeus, cumes e vales e veredas,
e bosques e clareiras e campinas
soltas ao vento, sacudindo as crinas
das espigas de sol na luz de seda.

Adeus, troncos e copas e alamedas
esmeraldas selvagens que as neblinas
salpicavam de prata,adeus, colinas
que iam sucumbindo com labaredas

de cobalto no ar...Adeus, beleza
irrepetível que me viu nascer
e toca-me deixar : a natureza
também é feita de deixar de ser,
e eu levo agora a sombra e deixo a presa
à luz do provisório amnhecer.

( in os deuses de hoje,1995)


Bruno Tolentino :
Nasceu no Rio de Jnaneiro em 1940, têm uma vastissima obra publicada, do Brasil foi para Inglaterra como professor convidado em Essex, Bristol e finalmente Oxford onde sbstituiu o poeta W.H.Auden, de quem foi amigo na direcção da Oxford Poetry Now .Publicou várias obras em Francês e Inglês, voltando a publicar em Português quando do seu regresso ao Brasil em 1993.Ganhou vários e importantes prémios, mas de nada vale falar neles agora que voltou ao pó e à imensidão dos cosmos. Pois o melhor prémio ficou dele para nós na lisura solene do seu sentir.
Obrigado...muito obrigado, por entre tantos planetas possíveis teres escolhido este para passar uns tempos...
p.g

Moree

Quem passou...é porque tinha que passar !

quarta-feira, agosto 08, 2007

VIVE E NÃO PENSES..........A VIDA ENCARREGA-SE DISSO.....APENAS AGE !!!!!!!


A vida é como um espelho, quando sorrimos para ela, ela sorri para nós...por isso ,quando Deus nos tira algo que gostamo é porque definitivamente tem algo melhor para nos dar...

quinta-feira, agosto 02, 2007

" Vive intensamente o agora : O passado não volta e o futuro pode não chegar..."



Criam-se vínculos afectivos, raízes, quase dependências entre amigos, ex-namorados, colegas de faculdade gente que se cruza no nosso horizonte no caminho do tempo.
Escolhe-se aqueles que colocamos na intimidade entre os que a nossa razão escolheu ou o nosso coração não deixou alternativa.Mas tudo vai e tudo passa, como se numa vida vivessemos várias vidas, e a marca indelével da memória não fosse agora mais do que uma ténue e vaga lembrança do intenso que foi tão real. Tudo passa, até nós passamos nesta nossa breve passagem pelo tempo. Daqui por 50 anos ou menos, seremos apenas uma memória e ninguêm se recordará do intenso que foi o nosso existir.

Confidências que foram feitas, projectos imaginados e sohados que nunca fora erguidos, coisas que acreditamos consagrar na nossa vida, não existe agora jamais porque outras lhe sucederam e outras e outras ainda lhe sucederão na interminável corrente da torneira dos dias que rapidamente se colam aos anos traidores e imparaveis!!!

Como as raízes de uma árvore qe buscam na terra a solidez que a sustente, assim também nós, cada qual do seu modo se agarra ao caminho da vida, na procura da melhor via que nos leve aos nossos sonhos ansiados. Mas nada volta, embora a vida se repita e mudando de tonalidade acaba por se tornar sempre igual.

Separam-se os caminhos que em tempos julgamos comuns para sempre.
Acenamos ao longe aqueles que um dia caminharam lado a lado no navio dos sonhos comuns.
Tudo muda, pouco a pouco no ímprevisivel do tempo.Somam-se os anos, somam-se as distâncias, esticam-se os intervalos da memória e dissipam-se as lembranças que dão lugar a outras e outras num espaço de memória contínuo e esvaziado do que já foi, completo de tudo o que estará para vir ??

As lembranças vão-se de nós.Algumas ficam, outras perdem-se, outras persistem e insistem em invadir-nos as recordações.
Normalmente chamamos-lhe,SAUDADES. Alguns agarram-se a elas e assim matam o presente e adiam o futuro. Mas nada a fazer quando não podemos fugir à nosso própria natureza.Não se foge da tristeza, porque ela não é uma opção, é uma consequência um estado de alma. Mas não vale a pena olhar para trás.Pois nada volta. Pode é começar o que sempre existiu e nunca verdadeiramente se revelou. O passado é ingrato e tariçoeiro porque não devolve o futuro nem aconchega o presente, e é para lá que inevitavelmente vamos e é agora que inequivocamente estamos. Aqui e agora. Nada mais.
Amanhã quem sabe. Mas até o minuto seguinte que agora se aproxima é em si uma enorme incerteza.Sabemos de onde somos. E pensamos que somos dali do que retivemos na memória, mas é um erro nós somos é daqui do que temos nesta circunstancia éfemera em que levamos os dias esgotados e apressados.E tentamos identificar o passado lembrando-nos do cheiro e dos odores, do tom de voz daqueles que um dia amamos, mas o esforço é vão porque isso não nos chega aos sentidos porque simplesmente isso já não é deste tempo.Tudo passa.Seja a cal das paredes molhadas pela chuva, o calor da calçada que a sombra faz desaparcecer na calidez da tarde, o ar húmido da madrugada extinto pelo calor da manhã, como tudo o que trazemos no coração e que depois se esvazia para logo ganhar outro contéudo.Tudo passa, e a matéria que outrora ocupou o nosso peito dá lugar agora à intenção vaga da nossa teimosia em guardar o que já não nos pertence.
Então tudo se organiza novamente numa ciência exacta, volta-nos o sorriso e a ousadia. e avançamos de olhos sorridentes no espento do desconhecido.Na espera do que virá.
Passada a euforia, olhamo-nos pela primeira vez após tanto tempo decorrido.Ma o coração já não balança.Não são as primeiras rugas nem alguns cabelos grisalhos que fazem a diferença.Foram os anos que cavaram o fosso. O pano fechou-se, a peça acabou os actores partiram e outra nova representação subiu á cena.Esgotado o impacto do primeiro momento, o passado é um fato fora de moda que já não serve mais a quem o queira vestir e por vezes está até corroído pela traça.Reconhecemos-lhe a beleza, mas está fora de questão a não ser como mascára de fingimento.Há entre ele e o momento uma distancia intrasponível.Os locais e as geografias podem ao longo dos anos permanecer iguais, as pessoas não.Podemos visitar o passado mas apenas como turistas de passagem com uma pequena mala de viagem, nunca com tudo o que temos numa mudança permanente.Não, não é assim que funciona.
Cada instante não volta nunca, e ao passado ninguèm volta por muito vivo que ele permaneça no nosso coração.
Mas por vezes....a ironia do tempo cruza-nos com o pretérito adiado de quem por nós passou mas não parou em nós nos ponteiros do tempo, voltando depois para completar um circulo nesta estranha brincadeira que somos na ironia de Deus.

Para a Luisa....a propósito de uma noite estranha de Verão....

p.g

Estou em ti...




Estou em ti e já nada
me distancia ou segura
do que és mim dentro
que sou no estar em ti

Estou dentro de ti
cego e luminoso
sou o teu espaço interno
o teu permanente resnascer
Sou agora o que tu és
um caos suave de tumultos

Estou dentro do corpo
maravilhosamente dentro,
no sol do teu sexo
no centro da tua conciência.




Sou a vida extrema
que habita clandestina
dentro dos teus poros

Toco o que tu tocas
ardo onde tu ardes
rspirando o ar que que te envolve

Tudo o que eu disser
é a tua própria palavra
na lentidão dos meus gestos
que insásiáveis te procuram
na audácia do meu desejo.

p.g