Há dias em que o mundo pesa demasiado
Sinto o abismo
A terra cede, abre-se em dois
Arrastando-me
E todo os ventos da discórdia
Juntam-se num turbilhão negro
Infernal
Sufoco
O dia escurece
Mas a noite não chega
Sinto o peso de todos os males,
De todas as dores
Como minhas
Sinto-as
Ferindo-me .... rasgando-me
E choro
Abate-se a discórdia,
A contrariedade
O desânimo
Nada parece estar bem
A certa altura nada corre bem
Há um vórtice que nos suga
A alma, a força, a vontade
Tudo parece perdido
Tudo é vão
À medida que somos arrastados
Para esse mundo em ebulição
Para essas trevas, essa maldição
Somos prisioneiros do medo
Da frustração
Há dias em que o mundo pesa demasiado
Nesses dias
Liberto o pássaro
Um pássaro de fogo
Que bem podia ser de papel
E deixo-o tomar o vento
O sabor da maresia
O rumo das chamas
E ardendo liberta-se
Mais alto do que alguma vez ousei subir
E aprendo a olhar o mundo entre as nuvens
Vendo todos os continentes
Alargando vistas
Desflorando horizontes
E soltando a pequenez
Comando o sonho
Nos dias em que o mundo pesa demasiado
Há que erguer os olhos ao céu
E desejar voar
E voar mais alto
Sacudindo penas
Estilhaçando mordaças
Libertando amarras
Subir ao limite do azul
Mesmo que para isso perca tudo o que sou
Somos o que vemos ........ Somos o que sentimos...
E espero...que os homens alimentem os espirito
como alimentam o estomago
Espero
P.G
terça-feira, dezembro 15, 2009
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