terça-feira, junho 05, 2007

Inúteis




Acho inúteis as palavras
quando o silêncio é maior
acho inúties as palavras
quando o silêncio é maior

Inúteis são os meu gestos
para te falarem de amor
inúteis são os meus gestos
para te falarem de amor

Inúteis são os sorrisos
quando a noite nos procura
inúteis são minhas penas
para te falar de ternura

Acho inúteis nossas bocas
quando voltar o pecado
acho inúteis nossas bocas
quando voltar o pecado

Inúteis são os meus olhos
para te falar do passado
inúteis são os meus olhos
para te falar do passado

Acho inúteis nossos corpos
quando o desejo é certeza
acho inúteis nossos corpos
quando o desejo é certeza

Inúteis são minhas mãos
nessa hora de pureza
inúteis são minhas mãos
nessa hora de pureza

António de Sousa Freitas

" Fados da Tristeza Alegre " Editora Ocarina " / FNAC
P.S : Normalmente não publico por aqui não originais, mas não resisti a fazer-te uma homenagem, Marco Rodrigues por tudo e por nada, e especialmente por teres tido a sensibilidade de incluir este poema simplesmente indescritivel no teu primeiro álbum. Tenho orgulho em ser teu amigo, parabens pelas noites de balada que já me fizeste viver, e uma longa e próspera vida para ti para tua mãe. O ser que mais amas.
p.g

Sem comentários: