É assim que te guardo com cuidado nas minha mãos cada vez mais serenas
Por vezes sinto vontade de te partir as asas...
Para que não mais voes para longe de mim.
Mas não posso; tu sem elas não vives e morre-te o sorriso
Prefiro ficar eu castrado da vida e vestido de cinzento
Para que tu sorrias
Para que voes por todo os céus do mundo
que sei serem pouco para os teus limites
como uma folha seca levada pelo vento
determinada mas insegura
é assim o amor...
é assim a minha dor...
Voa meu amor, sê livre como o vento
Que eu fico aqui quieto a soprá-lo no
limite agrilhoado do meu peito
Para que tu voes
por onde queiras....

p.g

Sei agora com a certeza de vidas passadas que foste sempre tu.
Amei-te cedo demais umas vezes, amei-te tarde de mais em algumas outras.
E o universo esgota-se. E não acertamos numa única vida de tantas que já tivemos, o relógio do nosso querer
Acredites ou não, sempre soube que serias feliz comigo agora e sempre mas tu nunca acredista-te.
Buscas-te sempre a invisibilidade do que passou por ti, e não esgotas-te nunca o que te era permitido.
Talvez eu também tenha sido sempre assim. Andamos ambos foragidos pelo mundo.

Mas não quero, não posso. E eu que sempre mergulhei nas consequência do amor,
luto agora para que o meu coração se esqueça de ti.

Conheci-te cedo demais, amei-te cedo demais. Conheci-te tarde demais, amei-te tarde demais.

Mas estou pregado no chão como uma estátua esquecida no jardim da tua indiferença.
Quero partir, quero sair
ao apelo da chuva de África e do cheiro da terra vermelha. Mas não consigo libertar-me.

Aqui onde a minha melodia é o bater do meu coração, aqui onde as minhas mãos
escrevem o teu nome em volta de corações de cadernos velhos para ninguêm leia o teu nome que é só meu.

Vou estar sempre aqui, à espera de te aprender a amar sem me matar
Como se ainda vivesse um coraçaõ que bate e só existe para quem não o sente !
Vou estar sempre aqui, à espera de te aprender a amar sem me matar

p.g