quinta-feira, maio 24, 2007

" Homem Velho emulher Nova...Filhos até à cova...

Não via o João Há 14 anos. Nem nunca mais nos cruzamos nos disparates da vida onde sempre nos econtravamos nas noites de bóemia depois de intermináveis horas de processos de contencioso e fatias de piza, nos tempos em que ainda acreditavamos na brilhante carreira que o banco nos oferecia. Mas o João sempre foi um ícone para mim 12 anos mais novo. Hoje não terá grande expressão mas na época era muito tempo. O João tinha um jeito especial de amar. Foi com ele que aprendi que afinal o amor não era propriamente uma escova de dentes. Não via mais nada no horizonte dos seus olhos ou na periferia do seu coração que não fosse o seu único, terno e dfinitivo amor. Nem me lembro mais do nome da eleita, mas também o taria aqui a este local público onde vomito as emoções dos dias correntes.
Nem nada deste mundo nem do outro alguma vez tiararia João daquele regaço de paixão para onde corria sofrego todos as noites com medo que a vida que já de tão breve , não lhe desse tempo para vingar o tempo que dela estava necessasriamente separado pela sobrevivencia dos dias. Se o João a pudesse encolher, conceretza que a teria todos os dias escondida na primeira gaveta da secretária.
Depois de 14 anos, hoje encontrei o João mais alegre que uma manhã de primavera ( daquelas do tempo em que ainda havia primavera ) e não me surpreendeu vê-lo com um ramo de rosas na mão, maior que todos os jardins do mundo. Rimos, abraçamo-nos e perguntamos obviamente pelas vidas. A do João estava para lá, muito para lá da fronteira da felicidade : estava radiante.
Perguntei-lhe : e como vai a X ??
Se ainda me consigo espantar com alguma coisa na vida, hoje foi um desses inauditos dias.
Não sei deve estar óptima, fui Pai ontem pelas 10 horinhas certas deste mundo maravilhoso, respondeu no seu esgar hilariante como sempre. Fiquei surpreso mas nada que não acontecesse todos os dias. Um homem de 54 anos ser pai pela primeira vez.
Foi ai que João me disse. Tens que ir lá a casa conhecer a Isabel ! Isabel perguntei eu, mas não era X ??? Ah, não respondeu-me descontraido. Isso já passou, a X não podia ter filhos, conheci a Isabel tem 28 anos e é a mãe do meu filho ? E mãe a gente segue até à cova.
Fiquei estarrecido, dei-lhe os parabéns e segui em frente avenida abaixo a pensar na vida, no amor e em toda essa tralha que o universo nos faz carregar.
E escrevo isto para ti X que devo ter visto uma dúzia de vezes e já nem me lembro do rosto. Onde quer que estejas que o amor nunca te desampare. Não sei se haverá verdades absolutas, mas o homem é todo igual na sua dimensão, não raro é óbvio caber lugar á excepção. Quando se lhe toca na continuidade da linhagem, o mesmo que dizer egoticamente na continuação narcisistica de si mesmo, todo esse resto de sentimentos e de verdades que ainda fazem equlibrar o mundo deixam de fazer sentido. A ignorancia do coração é quase igual á cegueira, e o os homens ( e as mulheres também ) procuram sempre longe o que está perto. O meu avõ sempre disse : Homem velho e mulher nova...filhos até à cova. Afinal os homens, tal como os bois ainda se capam pelos tomates.........

p.g

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